Bolha
após 37,1 quilômetros de Oporto a São Pedro de Rates
Perdão
“De um
ponto de vista judaico, Jesus tampouco absorveu os pecados das pessoas ao ser
expiado e crucificado. Para os judeus a única maneira de se remover os pecados
é pedindo perdão: os judeus buscam o perdão de D’us pelos pecados cometidos
contra Ele; buscam também o perdão das outras pessoas pelo mal que cometeram
contra elas. A busca do perdão exige um senso sincero de arrependimento, a
busca direta da reparação do mal causado a outra pessoa e a atitude de não
cometer este erro novamente no futuro. Os pecados e transgressões são
parcialmente removidos por meio de orações (que substituíram os sacrifícios de
animais da época do Templo Sagrado de Jerusalém) como um modo de expiar os
pecados, mas o principal é buscar corrigir o mal feito a outras pessoas”.
Trecho de
texto adaptado do site www.convert.org, com
permissão de Barbara Shair, tradução de Fábio Lacerda e adaptação para o
judaísmo brasileiro de Uri Lam.
A primeira bolha...
Ainda sentindo o impacto do primeiro dia de peregrinação pelo Caminho Português a Santiago de Compostela (37,1 quilômetros!), a segunda etapa – nesta data, há 10 anos... – foi um passeio. Apenas 15,5 quilômetros, de São Pedro de Rates até Barcelos, o que exigiu 5 horas de caminhada.
Ainda sentindo o impacto do primeiro dia de peregrinação pelo Caminho Português a Santiago de Compostela (37,1 quilômetros!), a segunda etapa – nesta data, há 10 anos... – foi um passeio. Apenas 15,5 quilômetros, de São Pedro de Rates até Barcelos, o que exigiu 5 horas de caminhada.
O Caminho
começa com uma subida suave até Pedra Furada/Goios, percorrendo bosques e parreirais,
e em seguida se chega a Pereira, onde se encontra a Igreja do Carvalhal. Seis quilômetros
depois, continuando a passar por pequenas propriedades rurais, está Barcelinhos,
de onde, junto ao rio Cávado, é possível avistar na margem oposta as muralhas medievais
de Barcelos.
A travessia
do rio é feita sobre a ponte também do período medieval, com extensão de 100
metros e dotada de cinco arcos desiguais, cuja construção levanta a polêmica
entre historiadores. Enquanto alguns datam sua implantação entre 1325 e 1328,
por iniciativa de Pedro Afonso, Conde de Barcelos, outros sustentam que foi
erguida algumas décadas depois por Afonso I, Duque de Bragança. O conjunto medieval
contempla ainda o Paço Ducal, que abriga o museu arqueológico, o pelourinho e a
Igreja Matriz de Santa Maria Maior.
Entre outros
pontos de interesse histórico e religioso, Barcelos é conhecida pela lenda do
galo que cantou depois de assado, também contada em Santo Domingo de la
Calzada, no Caminho Francês, com diferentes pequenos detalhes. Em Portugal, o
milagre livrou da forca um peregrino galego a caminho de Compostela e que
estava sendo injustamente acusado de crimes inexplicáveis...
Continuei
andando pelas ruas da cidade, seguindo as flechas amarelas, e só tomei
conhecimento da existência do albergue municipal quando já havia decidido ficar
no Hotel do Terço, anteriormente denominado Albergueria do Terço – o que,
aliás, foi providencial para tratar a primeira bolha no pé direito.
Começou a
chover...
Subida
suave ao sair de São Pedro de Rates
Salamandra
peregrina...
Flechas
dos Caminhos de Santiago e de Fátima e a marca GR
Bicigrinos
seguem para Santiago de Compostela
Videiras
em Pedra Furada/Goios
Mais videiras
ao longo do Caminho Português
À
esquerda, seguindo para Barcelos
Igreja
de Carvalhal, em Pereira
Cuidando
da horta, em Carvalhal
Muralhas
de Barcelos no preservado complexo medieval
Ruas
de pedras no centro de Barcelos
Barcelos
e a lenda do galo que cantou depois de assado
Postado
em 07.06.10, 17h06 >>>>
Gastronomia e outros quetais...
Gastronomia e outros quetais...
Menu
com bacalhau assado, regado a vinho verde...
O
poeta Fernando Martins Braga que me desculpe, mas devo confessar que no dia que
cheguei a Oporto, onde fiquei muito pouco tempo (já quero voltar!), comi uma
Francesinha...
Cito
o amigo lusitano, muito mais brasileiro que português, natural daqui perto,
exatamente de Braga, que lhe garante o sobrenome, pois é gajo tido a tiradas,
gracinhas e quetais, quase sempre a atrapalhar o raciocínio dos mais incautos.
Pois,
a tal Francesinha (antecipadamente, já expliquei para a Sandra...) nada mais é
do que um prato, tão ou mais típico que as Tripas à moda de Oporto e o
Bacalhau, este com quase um milhão de receitas, segundo um lusitano
exagerado...
A
Francesinha, ou melhor, “o” Francesinha, o prato, comi no Java, centro
histórico do Oporto, perto de onde fiquei duas noites antes de pôr o pé no
Caminho Português, em direção a Santiago de Compostela. Indicação do amigo
Jerônimo, do Residencial Oporto Novo.
Só
discordei dele quando disse para saboreá-la com “uma, uma não, duas cervejas
Príncipe”. Tomei uma só, Super Bock, a clara, e estava uma delícia. O Pastel de
Nata não aguentei esperar até Lisboa e provei um, delicioso, no Café Majestic.
Folheados
já experimentei alguns, como o de maçã, numa pastelaria em Vilarinho, já
peregrinando...
Para
encerrar o assunto – antes de investigar o que vou jantar hoje em Barcelos –,
comi um prato de Tripas salpicado de cominho, no restaurante Alegria, em
Oporto, numa viela escondida muito próxima à Estação de São Bento. Com vinho
tinto maduro.
No
almoço de hoje, no Galliano, considerado o melhor de Barcelos, pedi bacalhau
assado, com vinho verde (resisto ao branco), sensacional.
Ah! E não esquecerei tão cedo o Prego no Prato,
com tinto maduro, devorado ontem no Café Macedo, em São Pedro de Rates. Divino,
apesar que deve ser levado em consideração que vinha de Oporto, com uma fome de
37,1 quilômetros...
Buen Camino!
#pedrasdocaminho
#10yearchallenge
Muito legal abraços e mande mais histórias abraços Alto Astral.
ResponderExcluirObrigado! Te convido a continuar peregrinando junto comigo. Amanhã, a etapa é longa: 33 quilômetros, de Barcelos a Ponte de Lima! Vamos? Buen Camino!
ResponderExcluir