Igreja Anglicana de Todos os Santos foi consagrada em 21
de abril de 1918
A Igreja
Anglicana de Santos – que acolherá no dia 22 a apresentação de “Juntos no Caminho de
Santiago” –, se insere no contexto do livro na medida em a minha peregrinação e
de minha amada Sandra foi realizada pelo tradicional Caminho Inglês – e, de uma
forma bastante inusitada, desde Londres!
Como se
sabe, a Igreja Anglicana foi criada na Inglaterra no século XVI a partir de um
processo de oposição à Igreja Católica. Contudo, diferente de outras reformas,
como a Luterana e a Calvinista, que foram amparadas por teólogos contra a linha
adotada pelo clero católico, a Anglicana foi protagonizada pelo rei Henrique
VIII, que decidiu se desligar de Roma ao ver negado seu pedido de divórcio ao Papa
Clemente VI.
Independente
de eventuais perseguições aos seus seguidores, o apóstolo Saint James, ou
Santiago, sempre foi reverenciado na Inglaterra, com vários templos consagrados
a ele. Aliás, o primeiro registro na credencial dos peregrinos foi feito na
Saint James Church de West Hampstead...
A Igreja
Anglicana registra mais de um século de atuação em Santos, com a chegada, em
1914, do Reverendo Arthur W. Allan, primeiro missionário anglicano com o
objetivo de fixar residência. Nos anos seguintes, com o crescimento do trabalho
de evangelização e a “Missão dos Marinheiros”, foi fortalecida a ideia de
construção de um templo, o que passou a se concretizar com a doação de terreno
pela E. Johnaton Co. Ltd., localizado na Praça Washington Luiz, no bairro José
Menino, em frente ao Orquidário.
O projeto
da igreja foi realizado em 1916 pelos arquitetos Walter B. Basset-Smith e
Bertie Hawkins Collcutt e é inspirado na estética anglo-normanda. Com estilo
neogótico vitoriano, o templo exibe uma planta em forma de cruz latina e na parte
superior externa estão quatro cruzes celtas com flor de Liz, que ressaltam a
universalidade da mensagem de salvação em Jesus Cristo e a sua realeza divina.
Construída durante 1917 e 1918 pela Companhia Construtora de Santos, do engenheiro Roberto Cóchrane Simonsen, a Igreja Anglicana de Todos os Santos foi consagrada em 21 de abril 1918, com a presença do Rev. Edward Francis Every, bispo responsável pelo Cone-Sul, Falklands e Brasil.
Construída durante 1917 e 1918 pela Companhia Construtora de Santos, do engenheiro Roberto Cóchrane Simonsen, a Igreja Anglicana de Todos os Santos foi consagrada em 21 de abril 1918, com a presença do Rev. Edward Francis Every, bispo responsável pelo Cone-Sul, Falklands e Brasil.
Os belos vitrais
foram fabricados pela empresa Conrado – Vitrais e Cristais Ltda. Nas paredes laterais
estão os apóstolos São Pedro e São Paulo e atrás do altar, da esquerda para
direita, Jesus na Via Crucis
auxiliado por São Sirineu. Na nave estão os patronos das ilhas britânicas, São
Jorge (Inglaterra) e São David (Gales) à esquerda, Santo André (Escócia) e São
Patrício (Irlanda) à direita; e ainda, Nossa Senhora e o menino Jesus à
esquerda, e Jesus Bom Pastor à direita. Completam o conjunto artístico a
Rosácea no Alto da Nave no portão principal e o púlpito homenageando os
Evangelistas São Mateus, São Marcos, São Lucas e São João.
O templo é
equipado com um magnífico instrumento musical, um harmônio (“reed organ”)
modelo Apollo, fabricado no início do século XX por Rushworth & Dreaper, de
Liverpool.
No final
da década de 1940, no mesmo terreno foi construída outra edificação, a casa
pastoral ou moradia do reverendo, projetada por Domingues Pinto & Merlin
Ltda., em estilo eclético com influência do hispânico (“missões”).
Os jardins
complementam a paisagem e proporcionam um clima de paz e harmonia aos fiéis e visitantes.
Atualmente,
a Igreja Anglicana de Santos tem como pároco o Reverendo Leandro Antunes
Campos.
#pedrasdocaminho
Atrás do altar, vitrais mostram Jesus na Via Crucis auxiliado por São Sirineu
Projeto da igreja foi realizado em 1916 pelos arquitetos
Walter B. Basset-Smith e Bertie Hawkins Collcutt e é inspirado na estética
anglo-normanda
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